opinião

OPINIÃO: Superar a vaidade e a corrupção


Nos dicionários, a palavra vaidade é definida como "qualidade do que é vão, instável, inútil, desejo imoderado de atrair a admiração dos outros, vanglória, presunção, ostentação, fatuidade, coisa vã, futilidade". A vaidade é o composto da transformação das pessoas para pior. Ela distancia os seres, maltrata os corações, polui as mentes e deteriora relações e sentimentos. A sociedade capitalista só reconhece que o sujeito atingiu o ápice do sucesso quando acumulou conhecimento, poder e, sobretudo, dinheiro. Se acrescentar a isso um corpo esbelto e olhos claros, o exemplo fica completo. Ser inteligente, bonito, poderoso e rico é o kit básico do projeto de ascensão social. A partir daí, conforme a permissão, a vaidade toma conta em maior ou menor escala. A saúde espiritual, que deveria servir de combustível para impulsionar a vida, fica delegada a segundo plano. O apego em demasia à matéria vai nos afastando dos cuidados mínimos e necessários com o Eu interior. Por egoísmo e ambição, acabamos criando empecilhos para uma vida saudável, solidária, fraterna, com paz, amor e justiça.

Não só para "os nossos mais chegados", mas principalmente para aqueles que vivem excluídos, sem vez nem voz. As ações impensadas e as reações inesperadas são praticadas fora do contexto da nossa real vontade. Como resultado, ferimos pessoas que amamos ou gostamos com uma força muito maior do que um tiro desferido de uma arma. Só depois, lembramos que possuímos dois ouvidos para ouvir, dois olhos para ver e uma boca para falar. A vida no plano terreno é tão curta, que não podemos nos dar ao luxo de perder tempo com picuinhas e armações desnecessárias. Os nossos políticos também podem colaborar para termos um Brasil, um Estado e uma cidade melhores. Basta que administrem a máquina pública sem vaidade e pensem no cidadão como protagonista na proposta de transformação social. A população não aguenta mais aumento de impostos, experiências malsucedidas e arranjos partidários esdrúxulos como justificativa para garantir a governabilidade. Se a briga no campo das ideias é aceitável e salutar, entender como água e fogo convivem em harmonia no centro das decisões não é uma das tarefas mais fáceis. A corrupção precisa ser estancada urgentemente. Ela agrava as desigualdades sociais e desvia a aplicação de recursos em áreas fundamentais para o bem-estar da população, como educação, saúde e segurança.

Se o Natal servir para uma reflexão profunda sobre a verdadeira missão que temos na Terra, como seres racionais, estaremos dando os primeiros passos para a construção de um mundo melhor. O povo quer viver com o mínimo de dignidade e respeito. A oração de São Francisco de Assis serve como base para superarmos os desafios ao longo da caminhada de 2019: "Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvidas, que eu leve a fé. Onde houver erro, que eu leve a verdade. Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe. É perdoando que se é perdoado. E é morrendo que se vive para a vida eterna." O mundo precisa de mais paz, amor, diálogo e tolerância.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

OPINIÃO: Respeitem a Guarda Municipal de Santa Maria Anterior

OPINIÃO: Respeitem a Guarda Municipal de Santa Maria

OPINIÃO: Mais médicos Próximo

OPINIÃO: Mais médicos

Colunistas do Impresso